O RETRATO PERFEITO DE JESUS

(Por: Pr. Rafael Pereira)

“Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”.  (Marcos 10.45)

            Se eu lhe pedisse para que você me descrevesse sobre, na sua concepção, o retrato perfeito de Jesus, o que você me diria?

            Esse retrato para muita gente poderia ser um daqueles pintados num quadro, de um Jesus no padrão europeu: alto, branco, loiro ou ruivo, de olhos azuis ou esverdeados. Um Jesus galã, parecido com aqueles atores de novela ou de filmes, mas vejamos o que é dito em Isaías 53.2:

            “Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”.

            Não que Jesus fosse horrível ou um feio de marca maior, mas esse texto bíblico deixa claro que não havia beleza, formosura ou algo majestoso em sua aparência física, senão Jesus teria não apóstolos ou seguidores e sim tietes, aliás, “Jesusetes”. Seguidoras histéricas gritando por onde ele passava, tocando na orla do seu manto não para serem curadas, mas sim para tirar um pedaço dele prá ficar de lembrança ou comprando as revistas que ele fosse notícia ou fotografado por algum Paparazzo...

            O que nos é ensinado nesta passagem é que Israel menosprezaria a sua importância julgando-o com um homem qualquer ou comum... Vemos isso de forma claro no versículo seguinte ainda deste texto em, Isaías 53.3:

            “Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.

            O evangelho segundo o apóstolo João, mais precisamente em seu capítulo 1 e versículos 10 e 11 respalda essa afirmação dizendo:

            “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.

 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam”. (João 1.10-11)

            Vemos isso ser testificado/cumprido na leitura de Mateus 13.55-58:

            “Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?

            E não estão entre nós todas as suas irmãs? De onde lhe veio, pois, tudo isto?

            E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa.

            E não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles.

           

            Para nós fica ainda a pergunta em Isaias 53.1:

            “QUEM deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR”?

            Para outros o retrato perfeito de Cristo é o de um menino fraco, indefeso, que todo ano nasce no Natal. Não estou aqui criticando à festividade em si, pois como cristãos temos a permissão, se bem quisermos, de comemorar todos os dias no ano. Mas uma coisa é certa: ele já foi menino, aos doze anos ensinou aos doutores da lei, foi um jovem e depois tornou-se um homem. Jesus quer nascer não somente no Natal, mas todos os dias na sua vida, ele bate à porta do seu coração, é lá aonde ele quer não só nascer, quer também morar e começar uma verdadeira transformação que se dá de dentro prá fora.

            Outras pessoas diriam que o retrato perfeito de Jesus é aquele de um cristo humilhado, machucado, morto, pendurado numa cruz. Jesus está além disso, mais importante do que uma imagem do Cristo pregado numa cruz, é a mensagem da cruz. E sabe o que é melhor? É vermos que a cruz hoje em dia está vazia porque o nosso Salvador ressuscitou! ALELUIAS! GLÓRIAS A DEUS!      

            Considero o retrato perfeito de Jesus o nosso texto inicial, vamos ler novamente Marcos 10.45:

            “Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.”

            Agradeço a Deus pelo muito que nós aprendemos com este versículo. Jesus poderia ter se aproveitado da sua posição e por ser quem era para usar tudo em benefício próprio, mas tudo o que fez foi se doar, como exposto na palavra, dar a sua vida em resgate de muitos. O resgate era quando alguém dava uma grande quantia por um escravo para ele ser livre. Jesus pagou um alto preço por nós, porque por nós mesmos não teríamos condição de pagar por nossa liberdade! Lemos em Isaías 53.5:

           

            “Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras fomos sarados”.

            E também em I Pedro 2.24:

“levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados”.  

            Como éramos ou andávamos antes de Jesus?

           

            “Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos”.  (Isaías 53.6)

            “Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas, agora, tendes voltado ao Pastor e Bispo da vossa alma”. (I Pedro 2.25)

            Mais do que ser mais um rostinho bonito na TV, nos sites de fofocas ou nas revistas sensacionalistas, Jesus nos deixou o exemplo a ser seguido. Paulo, que também aprendeu muito da parte do Senhor não só nos ensina, como também pintou um dos retratos mais perfeitos do Senhor Jesus, encontra-se em Filipenses 2.4-11:

           “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.

           De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,

           Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,

           Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;

           E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.

           Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;

           Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,

           E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai”.

          
           Em Cristo,

           Pr. Rafael Pereira